REFORMA TRIBTÁRIA

A partir de 1º de julho, o Brasil dá mais um passo rumo à implementação da nova Reforma Tributária do Consumo, com o início dos testes do portal desenvolvido pelo Serpro, em parceria com a Receita Federal. A plataforma será o principal ponto de contato entre os contribuintes e o Fisco para o novo tributo federal: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que unifica PIS, Cofins e IPI. A proposta é permitir testes e ajustes ao novo modelo antes da entrada em vigor, em 2026. Nesta fase inicial, 66 empresas participam do piloto, que deve alcançar cerca de 500 participantes até o fim do ano.

Durante evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no último dia 23, o gestor do Projeto Reforma Tributária Brasileira no Serpro, Robson Lima, explicou que a plataforma, apesar das mudanças estruturais, manterá uma interface simples e já familiar aos usuários, com acesso via Gov.br. “Essa etapa de testes é essencial para validar o funcionamento do portal e suas ferramentas, como o cálculo automático de tributos e alertas em tempo real sobre inconsistências, permitindo correções antes de ações fiscais”, afirmou.

Integração com o IBS

Além do CBS, a reforma institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unifica ICMS e ISS. A gestão do IBS ficará a cargo de um Comitê Gestor com estrutura tecnológica própria. De acordo com o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, haverá integração entre os dois tributos. “A plataforma vai processar o CBS e permitir sincronização com o IBS, garantindo uma governança unificada para o sistema tributário”, afirmou.

“O contribuinte continuará usando o Gov.br, mas agora com serviços processados em um ambiente tecnológico compartilhado entre o Serpro e o Comitê Gestor. Isso elimina a fragmentação atual, com mais de 5,5 mil entes federativos, e traz mais clareza sobre como interagir com o Fisco”, explicou Robson.

O portal oferecerá funcionalidades como simulações, apuração assistida, área para administradores e calculadora tributária. As empresas poderão testar a integração de seus próprios sistemas em ambiente seguro. “O empresário poderá simular a nova apuração, entender sua carga tributária e ajustar seus processos internos. Essa mudança exige mais que um novo sistema, ela impacta a operação como um todo”, ressaltou.

Flexibilidade e integração com os sistemas empresariais

Um dos principais desafios, segundo Robson, foi desenvolver a solução diante da instabilidade legislativa. A saída foi criar uma arquitetura tecnológica flexível, capaz de se adaptar às mudanças legais. “Não basta mudar a tecnologia. Os processos internos das empresas precisarão ser revistos. Desde a compra de insumos até a venda final, tudo pode ser impactado: margens, créditos, impostos. É fundamental o envolvimento de todas as áreas da empresas”, destacou.

“O documento fiscal será a base de todo o processo. Cada nota envolve vendedor, comprador, serviço prestado, destino e regras específicas. A apuração assistida utilizará essas informações com base em regras programadas por auditores fiscais, integrando diferentes sistemas”, explicou o gestor.

Volume de dados processados superará o Pix

O Serpro lidera o desenvolvimento da infraestrutura tecnológica do novo sistema, que funcionará em nuvem soberana, com alta segurança e disponibilidade. “Este é o maior projeto tecnológico da história do país em termos de processamento e armazenamento de dados, com estimativa de 10% mais transações que o Pix, porém com arquivos até 150 vezes maiores”, afirmou Robson.

Durante o evento, ele também desmentiu boatos e tranquilizou o setor privado: “As APIs básicas necessárias para adaptação das empresas serão disponibilizadas gratuitamente, garantindo uma integração simples e acessível”, afirmou.

Para o gestor do Serpro, a nova plataforma representa um marco para a administração tributária brasileira. “Com ela, o cidadão terá acesso a preços mais justos; as empresas, menor custo de conformidade e integração com sistemas contábeis; e o Estado, mais previsibilidade, combate à sonegação e arrecadação em tempo real com transparência”, concluiu Robson.

Extraído do site do SERPRO

ACORDO MERCOSUL/UNIÃO EUROPÉIA

Secretária do MDIC reafirma compromisso com assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia

Em Bruxelas, Tatiana Prazeres aprofunda diálogo comercial e reitera caráter mutuamente benéfico do acordo

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), Tatiana Prazeres, cumpre agenda nesta semana em Bruxelas com o objetivo de reafirmar o compromisso do Brasil a favor da assinatura do acordo comercial com a União Europeia e ampliar o diálogo em temas estratégicos para o comércio exterior brasileiro.

No encontro desta quinta-feira (12/6) com a diretora-geral da Direção-Geral do Comércio (DG Trade) da Comissão Europeia, Sabine Weyand, a secretária destacou a importância da assinatura do acordo de parceria Mercosul–União Europeia ainda neste ano.

Também foram abordados temas regulatórios de grande relevância para o setor produtivo brasileiro, como a Regulação Europeia Antidesmatamento (EUDR), entre outros assuntos da agenda bilateral.  Participou também do encontro o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, Representante Permanente do Brasil junto à União Europeia.

Segundo Tatiana Prazeres, esta é uma janela de oportunidade que precisa ser aproveitada. “O acordo com a União Europeia é estratégico para todos os países envolvidos e representa um passo importante na diversificação de mercados e na valorização do comércio baseado em regras claras e previsíveis”, afirmou.

Fonte: MDIC

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REFORMA TRIBUTÁRIA

Com a nova Reforma Tributária, Publicada pela Lei Complementar nº 214, 16 de janeiro de 2025, que institui novos impostos, a partir de janeiro de 2026 será instituído os impostos IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e IS (Imposto Seletivo).

O que é o IBS, CBS, IVA e o IS:

O IBS – Imposto sobre Bens e Serviços e CBS Contribuição sobre Bens e Serviços, que será implantado a partir de janeiro de 2026, quando se inicia uma fase de teste, sem extinguir os tributos atuais, somente para calibrar o sistema e avaliar o impacto.

O IBS substituirá o ISS e ICMS (impostos Municipais e Estaduais).

O CBS substituirá IPI o PIS e a COFINS (impostos Federal).

O IVA é um imposto que agrega o IBS e o CBS, que no Brasil funcionará como IVA Dual.

O IS – Imposto Seletivo

O imposto seletivo visa tributar produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, mas enfrenta críticas por sua aplicação desigual e possível ineficiência. O imposto seletivo brasileiro, criado na reforma tributária, incidirá sobre bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Uma vez que temos os impostos Municipais, Estaduais e Federal.

A partir de janeiro de 2026 se inicia a fase de teste;

De 2027 até 2032 começará a substituição progressiva dos impostos antigos que são ICMS, ISS, PIS e COFINS;

2033 os impostos antigos serão todos extintos.

OBS. Ainda se encontra em fase de aprovação no Congresso e Senado para aplicação da Nova Reforma Tributária.

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp214.htm